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Espaço ʺEstudante e sua Históriaʺ

“… O grande erro dos jovens é escolher o curso em função dos ganhos materiais e não por amor”.

 

Victor Arcanjo África, conta o seu percurso desde o ensino secundário geral até ao seu ingresso na Universidade Eduardo Mondlane, onde se está licenciando em jornalismo. África é natural da província de Zambézia, mas tem residência fixa em Maputo há cerca de 10 anos.

“… O grande erro dos jovens é escolher o curso em função dos ganhos materiais e não por amor”.

 

Como foi o seu desempenho durante o ensino secundário?

R: Positiva, pois tive boas notas e bom desempenho.

 

O que te motivou a terminar o ensino secundário?

R: É desejo de qualquer estudante passar de classe e concluir o ensino médio, mas também concluir a 12ª classe é uma das condições para se ingressar numa Universidade.

 

Qual foi a motivação para ingressar na UEM?

R: Eu venho de uma família humilde e o facto de ser um dos melhores estudantes, não só da minha turma, mas também da escola, sérvio de incentivo. Por isso decidi lutar, indo adiante com os estudos, para além de querer ser bem-sucedido e bem visto na sociedade.

 

Toda criança tem um sonho. Qual foi o seu?

R:, Para meu caso foi tudo de infância mesmo e ficou lá. Apenas quando mais crescido é que comecei a interessar-me por carreiras realmente possíveis e apaixonantes.

 

Que conselho deixa para outros estudantes, os que já estão e os que pretendem ingressar na UEM?

R: Lutem arduamente para alcançar os seus objectivos. Mas o mais importante não é estar na Universidade, mas sim, fazer o curso com motivação pois para o sucesso só vai quem trabalha a sério.

 

Tendo em conta que hoje em dia são muitos os jovens que terminam o curso e não têm colocação, mas em contra partida temos pessoas que não têm nível académico elevado, mas trabalham e recebem salários correspondentes a de um licenciado, pensa que ainda há motivação para os jovens apostarem na sua formação?

R: Eu creio que sim. Penso que o grande erro dos jovens é escolher o curso em função dos ganhos materiais e não por amor. Pois, temos por aí pessoas sem nenhum nivel académico, mas fazem o seu trabalho por paixão, dedicação. Se o jovem fizer algo por paixão, terá forças para lutar.

 

Mas estamos numa situação em que o jovem quer trabalhar, tem motivação, fez o curso por amor, mas não encontra colocação. Comente.

R: Olha, com dedicação nada é impossível. Se a pessoa centra os seus objectivos e forças, e trabalhar seriamente, não ficará na rua, isto é, sem trabalho. 

 

Na área de comunicação social, quem te inspira?

R: Paulo Henriques Amorim. Parecer vergonhoso falar deste senhor por não ser moçambicano, mas a verdade é que eu aprecio muito a maneira como ele faz televisão. Não só gosto da sua pessoa, mas do jornalismo brasileiro no geral.Tenho minhas preferências cá em Moçambique, mas deste gosto mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Foto de Rafael Purificacao.

Sobre o curso

 

Jornalismo foi sua primeira opção?

R: Sim. A segunda foi ensino de inglês.

 

Porque o ensino de inglês?

R: Bom, penso que tenho muitas habilidades com línguas. Não apenas com o inglês, mas com várias outras. Portanto, seria-me benéfico explorar uma das minhas habilidades, mas de salientar que esta apenas seria possível caso não conseguisse na primeira opção.

 

Porque jornalismo?

R: Eu descobri quando ainda fazia a 10ª classe, onde era o melhor na disciplina de História e sempre que apresentasse um trabalho era aplaudido pelos professores. A partir daquele momento comecei a pensar no curso que poderia seguir, tendo em conta as minhas habilidades.

 

Tendo escolhido jornalismo por “ emoção”, ainda o vê com mesmos olhos?

R: Quando apaixonei-me pelo jornalismo, não tinha noção do que realmente era, pois via nele a oportunidade de viajar, fama, conhecer muita gente. Mas agora vejo que não é nada do que eu pensava. O principal objectivo como jornalista é informar.

 

Quais são as dificuldades com as quais tem se deparado na nova realidade académica?

R: Eu não diria dificuldades, mas uma adaptação ao novo ambiente, diferente do ensino secundário, pois na faculdade as aulas são recíprocas. Há espaço para o estudante mostrar aquilo que sabe.

 

Em que área do jornalismo gostava de trabalhar?

R: Eu sempre apreciei o jornalismo televisivo, por isso pretendo fazer televisão.

 

 

"...o mais importante não é estar na Universidade, mas sim, fazer o curso com motivação, pois para o sucesso só vai quem trabalha a sério".

O espaço ʺestudante e a sua históriaʺ é disponibilizado ao estudante para autodescrever-se, contar o que lhe motivou a escolher o curso em estudo, o que acha do estágio da mesma e de que forma a sua formação pode contribuir para melhoria do pais.  

Texto: Inalcídio Uamusse 

Foto: Rafael Purificação

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